sexta-feira, 15 de agosto de 2008

19-01-2008 - Saída de Jerusalem para Eilat

Voltamos de Belem e fomos direto ao Hotel Shalom Jerusalem onde já estava tudo pronto para nossa viagem para Eilat. Era só se juntar ao grupo que não fora para Belem e partir para novas aventuras.

Dei adeus a Jerusalem e agora a expectativa para o que ainda nos aguardava: Petra... Monte Sinai... Pirâmides...


Nossa nova aventura era em direção ao extremo sul de Israel para a cidade de Eilat, cidade que que faz divisa com Taba no Egito e com Aqaba na Jordânia. Cidade litorânea banhada pelo Mar Vermelho. A cidade é um centro turístico por causa da beleza natural da região e dos recifes de corais populares entre mergulhadores. Eilat é uma zona franca isenta de impostos de compra (pena que soube só depois que saí de lá... mas também não queria comprar nada de especial). Segundo nosso guia de Israel, em determinada posição da da cidade é possível se avistar 4 países: Israel, Jordânia, Egito e Arábia Saudita.

Foi uma vagem longa, acredito que a mais longa dentro do território israelense. Uma viagem bem monótona porque é deserto e muito deserto. Saímos de Jerusalem em direção a Jericó e de lá já pegamos o Deserto da Judéia, onde paramos em Qumram para almoçar. A saudade já começa a bater, pois quando retornarei a este lugar? Fiquei ali parada avistando um pouco mais do local que um dia sonhei conhecer. Nem almocei. apenas comi umas besterinhas. Não tinha fome.

Retornamos ao ônibus e de novo continuamos em direção ao sul e pelo deserto. Algumas vezes víamos alguma plantação, aldeias de beduínos e passamos novamente em frente à Massada, mas desta vez só para olhar para trás e sentir saudade no futuro.





A princípio a curiosidade me manteve acesa, disperta... mas a monotonia do relevo, embora tremendamente novo para mim, não permitiu que ficasse acordada. Chegou um momento que o corpo não aguentou e o sono caiu pesado e pouco pude aproveitar das paisagens desta viagem. Saímos de Jerusalem por volta das 13 horas e embora a distância seja apenas de 250km, o tempo gasto parecia ter sido maior, pois com certeza gastamos muito mais que 4 horas.

Já a noitinha e no território de Eilat avistamos de longe uma churracaria brasileira: CASA DO BRASIL. O pessoal no ônibus ficou em alvoroço.
Chegamos bem no comecinho da noite em Eilat, já estava escuro (está certo que era inverno e a noite chega mais rápido) e vimos que nosso hotel era bem perto de um aeroporto.

Nos estabelecemos no Americana Hotel (nome bem abrasileirado!). Depois do burburinho para pegar chaves e identificar o quarto fizemos um bom jantar e pernas para que te quero. Não muito longe dali havia um Shopping Center (para nós) ou Mall (para eles) e fomos à pé mesmo até lá. Um Shopping Center semelhante ao nosso aqui do Brasil. Estávamos em casa.

Mas o Shopping Center verdadeiro fica no lado oposto onde tem um Centro Comercial. Fomos 2 vezes neste Mall, quando retornamos de Petra, fomos novamente. Na realidade fui mesmo só para ver, porque pra variar... não comprei nada.

Bem voltando, tinhamos mais que descansar, pois no dia seguinte tinha o passeio de Petra. Teríamos de levantar cedo...


        
Algumas fotos do Americana Hotel. Muito boa infra estrutura, pena que o tempo que passamos ali só 2 duas noites e não deu pra aproveitar nada além da cama e restaurante.

  



Ficamos 2 noites neste Hotel, no dia seguinte nosso tour seria até Petra, na Jordânia. Meu coração cada vez mais se agitava em pensar que estava cada dia mais perto de conhecer esta nova maravilha da natureza. Nem imaginava o que era, pois só conhecia por fotografia.



UM POUCO DA HISTÓRIA DE EILAT
Com cerca de 55 mil habitantes e uma temperatura média de 21º - no período que vai de dezembro a março, o inverno israelense - mais a sua proximidade com a Europa, Eilat se consagrou como um atraente centro de esportes aquáticos e também radicais, como safáris nos desertos, escaladas e caminhadas em trilhas, entre outros. O que pouca gente sabe, no entanto, é que Eilat é também um dos melhores locais do mundo para a observação de pássaros. O Centro Internacional de Observação de Pássaros está instalado na região. Dizem os estudiosos do tema que aproximadamente um bilhão de aves atravessa a área entre a costa mediterrânea e as montanhas da Jordânia, transformando o extremo sul de Israel em um dos lugares de maior concentração de aves migratórias do mundo.

Cub Med e Sunrise Club
Marina e Aquário

O desenvolvimento de Eilat propriamente dito começou em 1956, depois da Campanha do Sinai. Em abril de 1958 foi inaugurado o anel viário que uniu a cidade ao resto do país e começaram também os vôos domésticos para várias cidades israelenses. O acesso fácil fez com que, segundo dados oficiais, cerca de 50 mil pessoas fossem até lá para ver algo jamais visto: o Mar Vermelho e a terra que pertencera a seus ancestrais. Enquanto o povoado prosperava, as minas de cobre em Timna foram reativadas e os primeiros hotéis de luxo foram construídos. A demanda cresceu tanto que atualmente até o Club Med possui um complexo no local.

A infra-estrutura de saneamento básico e de luz foi ampliada, garantindo o fornecimento de energia e de água para toda a costa. Foram criados novos centros turísticos, como Neviot e Dizahov. Os turistas chegavam aos milhares, atraídos pelos quilômetros de praias virgens. Em abril de 1982, como parte dos Acordos de Camp David, assinados entre Israel e Egito em 1978 e 1979, a Península do Sinai foi devolvida para o país árabe. Israel recuou sua fronteira para Taba, localizada a cerca de dez quilômetros de Eilat. Taba também foi devolvida ao Egito, em uma negociação com mediação internacional, que culminou em 1988.


 

 

Apesar de Eilat ser um centro para apreciadores de esportes aquáticos por ser considerada uma das mais espetaculares reservas submarinas, a cidade oferece também muitas opções para quem prefere manter seus pés em terra firme ou, pelo menos, "mais firme". Aqueles que não gostam muito de mergulhar podem apreciar as belezas que há embaixo da água em um observatório que permite ver centenas de espécies como se estivessem dentro de um aquário gigantesco. Um dos quatro do mundo neste estilo, o observatório possibilita a vista de recifes e da vida submarina a uma profundidade de quase cinco metros.

A região de Eilat oferece mais uma opção para os turistas que estão em busca de novas experiências. É o Parque da Vida Selvagem Hai-Bar. Localizado no Vale do Aravá, foi fundado em 1961 com o objetivo de tentar restaurar a fauna original da área. De todas as espécies mencionadas na Bíblia, doze já foram extintas. Alguns espécimes das que sobreviveram foram trazidos para a área, onde a presença de acácias típicas das savanas e pastos naturais possibilitou sua reprodução.

As fotos abaixo são dos principais hotéis de Eilat:

Crowne e Dan Hotel

Express Beach e Golden Tulip Hotel

Herodes e King City Hotel

      
King Solom e Lagoona Hotel

Magic Palace e Royal Beach Hotel



Fonte:
Revista Morasha - Edição 47 - dezembro de 2004
Eilat and the Red Sea, Editora Bonechi e Steimatzky

http://www.mfa.gov.il/

http://www.goisrael.il/

Fotos: Panoramio

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