quarta-feira, 13 de agosto de 2008

19-01-2008 - Belem

Sábado, malas prontas, burburinho no saguão do hotel, elevadores lotados, e aí vamos ou não vamos a Belem?

Viagem opcional. Vai quem quer. Vai quem não tem medo. Vai quem tem fé que nada de errado vai acontecer.

Marilene? Foi. Pra mim valia tudo, e por que não? Será que era tão inseguro que não podia correr o risco.

Foi apenas um ônibus. Uma boa parte do grupo preferiu não ir. Nosso guia por ser judeu não poderia entrar em Belem. Fomos com a segurança divina, ou seja,  a principal.

Vamos conhecer um pouco de Belém.

Localizada cerca de cinco quilômetros ao sul de Jerusalém (a leste da estrada Jerusalém-Hebron), a bíblica cidade de Belém (cujo nome em hebraico é Beit Lechem, a Casa do Pão) é mencionada pela primeira vez em Gênesis 35:19, que narra que Raquel morreu de parto perto de Belém no caminho a Efrata, e que Jacob colocou um monumento sobre sua tumba. (O sítio da Tumba de Raquel, bem perto de Belém, é um Lugar Santo judaico e até hoje um local de peregrinação e oração.)

 Contudo, Belém é mais conhecida na tradição judaica por causa do Rei David, e na tradição cristã como o local do nascimento de Jesus

.
Hoje em dia, várias denominações cristãs, inclusive alguns grupos protestantes, mantêm instituições sociais e educacionais na cidade. A mais notável destas escolas é a Universidade de Belém, católica romana.


Desde dezembro de 1995, após a assinatura do Acordo Interino Israelense-Palestino, a Autoridade Palestina é responsável pelos assuntos civis, a segurança interna e a ordem pública em Belém. A população da cidade é de cerca de 50.000 habitantes, dos quais estima-se que 40% sejam cristãos.

Para chegar em Belem é necessário atravessar o muro que faz parte de uma longa barreira formada na maior parte por uma cerca de segurança, que Israel diz ser necessária para impedir que militantes palestinos armados e suicidas sigam para cidades israelenses.

Fomos orientados a ficar quietos no ônibus e não fotografar a muralha. Éramos vigiados por câmaras e na fronteira e o ônibus deveria parar para que soldados (no nosso caso, foi uma soldado mulher) israelenses entrassem no ônibus e fizessem uma vistoria. Que terrível ficar quietinho numa hora dessa! Todos quietos, sem falar nada, esperando a vistoria. Fomos aprovados e seguimos viagem em frente.



Chegamos ao centro de Belem... outra visão! Outra cultura. Cidade que sobrevive de turismo. Nosso ônibus ficou num estacionamento próprio para ônibus de turismo, num subsolo de um Shopping.
Subimos a pé até a Igreja da Natividade, nossa principal atração. Éramos abordados por todos os lados para comprar isso ou aquilo e logicamente o preço variava a cada instante. Que frustração para eles. Aquele grupo de turistas não comprou nada! Era sábado.
Apenas iríamos conhecer a Igreja da Natividade, conhecer onde supostamente Cristo teria nascido. Tudo tinha de ser rápido, pois seguiríamos viagem até Eilat e lembra que um grupo ficou no hotel nos esperando.

Ficamos um bom tempo no páteo da igreja aguardando nossa vez para entrar. pela pequena entrada onde se depara com uma enorme igreja. Que contraste!.


Por esta pequena entrada

onde se depara com uma enorme igreja. Que contraste!

A atual Basílica da Natividade foi construída pelo Imperador Justiniano (527-565), sobre o sítio da basílica anterior (do século IV), erigida por Constantino, que havia sido muito danificada em 529 durante a revolta dos samaritanos. A Basílica é dedicada à Sagrada Mãe de Deus (Theotokos). O sítio tradicional da Natividade é venerado na gruta sob o coro.
Durante o reino cruzado, quando a região de Jerusalém estava sob seu domínio (1099-1187), a Basílica da Natividade em Belém era usada para as cerimônias de investidura real.



O traçado do edifício é o de uma basílica clássica, com um nártex, uma nave central, quatro naves laterais (duas de cada lado), coro, transeptos e abside. A orientação é leste-oeste, com a abside e o santuário voltados para o leste. Monumentais escadarias, de ambos os lados do coro, conduzem à Gruta da Natividade, em baixo.


Portas situadas no lado meridional da Basílica conduzem aos mosteiros grego e armênio, adjacentes; e portas do lado setentrional ligam à igreja franciscana (católico-romana) de S. Catarina de Alexandria.

A Igreja de Santa Catarina de Alexandria na Basílica da Natividade

A igreja franciscana (católico-romana) de Santa Catarina de Alexandria foi construída em 1882 sobre as ruínas da igreja e mosteiro dos cruzados, que pertenciam aos agostinianos. A colunata do átrio atual (planejada em 1948 por Antonio Barluzzi) incorpora os elementos remanescentes do claustro medieval.

Sob o pavimento do claustro estão as fundações de um antigo mosteiro bizantino, possivelmente o de S. Jerônimo.
Uma escadaria estreita na nave lateral meridional conduz a um conjunto de cavernas e quartos cavados na pedra, situados mais embaixo, onde há algumas capelas. Uma delas é identificada popularmente como a sala onde S. Jerônimo traduziu a Bíblia do hebraico e grego para o latim (Vulgata), a partir do ano 384. Uma passagem curta de uma das salas vizinhas conduz à Gruta da Natividade, mas a porta que lhe dá acesso está quase sempre trancada.


Depois de visitarmos estas 2 Igrejas imponentes, inclusive a de Santa Catarina é mais moderna e iluminada em relação à da Natividade, nos deparamos com este grande hall contendo uma imagem de São Jerônimo.




Créditos:  Israel Ministry of Foreign Affairs - http://www.mfa.gov.il/

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