Estamos retornando para Jerusalém, como disse nos relatos anteriores, este era o dia que ficaria pra sempre em minha memória, pois iria conhecer lugares que desde pequena conhecia as histórias. Hoje eu viveria a história.
Mas vamos conhecer um pouquinho do Mar Morto com material que encontrei na internet em vários artigos.
O Mar Morto é um grande lago represado entre colinas na parte mais baixa do vale do Rio Jordão, na tensa fronteira entre Israel e a Jordânia, no Oriente Médio.
Observem no mapa que Cisjordânia, Jordânia e Israel tem em seus territórios um pouco das águas do Mar Morto.
Biologicamente suas águas são estéreis, portanto nada cresce, sobrevive, nem sequer germina nas águas salgadas e amargas que também exalam um permanente odor forte, fruto da altíssima concentração de enxofre, potássio, bromo, fosfato, magnésio e sódio, entre outros minerais. Devido ao grande acúmulo de elementos, o mar morreu. Porém, nada tem há ver com a interferência do homem e sim um acontecimento da natureza.
O Mar Morto possui quase 80 quilômetros de comprimento e na maior largura perto de 18 quilômetros e cerca de 400 metros de profundidade. Entretanto, ele vem diminuindo de tamanho, a tal ponto que já se dividiu a parte norte da parte sul, feito um aterro proposital, formando um estreito canal entre as duas partes.
Ele é como uma caldeira em permanente ebulição. Sua água é quente e grossa. Seu ar, seco e pesado. E nas suas margens raramente venta, pois está entre montanhas e 396 metros abaixo do nível do mar.
É constante a evaporação do Mar Morto, isto o deixa mais seco e mais salgado, pois só o que diminui é a quantidade de água e não a de sais minerais. Com isso a água fica cada vez mais densa. Quando chove, as águas descem os morros, lavando o solo e depositando outra leva de partículas no lago. Ali estas irão se juntar à lama espessa, escura e pegajosa do fundo e depois de um tempo, se cristalizarão na forma de grandes torres alvas de sal, tão sólidas, brancas e salgadas quanto um saleiro. A concentração de sal é tanta que fica impossível nadar.
Tal característica faz do lugar um spa natural. Boiar em suas águas é essencial. E bastam 15 minutos de imersão para deixar a pele macia. Escura e um tanto oleosa, a areia.
A lama do Mar Morto é rica em minerais que estimulam e equilibram o metabolismo celular. Os minerais como o potássio e o enxofre proporcionam relaxamento muscular e o cálcio equilibra o nível de fluídos entre as células, diminuindo o inchaço e clareando a tez. Regeneradora das células epidérmicas, também actua como desinfectante, promove a remoção de toxinas, retira o excesso de oleosidade e as impurezas, limpando a pele em profundidade. tirada do fundo do mar tem propriedades terapêuticas e hidratantes.
A exploração do Mar Morto está compromentendo sua existência. Sem se renovar, já diminuiu de tamanho e corre o risco de desaparecer. Uma das alternativas para contornar a situação é uma ação conjunta entre Jordânia, Israel e Autoridade Palestina. Os três planejam uma grande obra que vai drenar a água do Mar Vermelho e dar fôlego ao Mar Morto.
Chegamos a uma praia do Mar Morto, quase pertinho do por do sol. Tínhamos pouco tempo para desfrutar, tínhamos que ser rápido em tirar a roupa naquele frio. O frio era o mesmo que o do Rio Jordão que não tive coragem de entrar na água, mas aqui não pude resistir... precisava conhecer as famosas águas do Mar Morto, precisava saber o que era boiar em suas águas.
Além de banheiros há também alguns quiosques para nos trocarmos. Descemos do ônibus com o mínimo necessário pois nossos pertences ficariam expostos. Tínhamos que cuidar com as máquinas fotográficas que poderiam se estragar, caso entrasse em contato com a água.
Todos que estavam naquele lugar tinham em seu rosto o prazer de estar desfrutando uma grande aventura. O frio não impedia a aventura. Pessoas de todos os lugares se divertiam naquele lugar. Só não entraram mesmo aqueles que estavam bem resfriados e não queriam aventurar-se em "estragar" sua viagem.
Neste vídeo um pouco de minha aventura inesquecível.
Após esta aventura fomos rapidamente para os banheiros, já instalados para isso mesmo, e tomamos um delicioso banho e retornamos para Jerusalem.
Seria nossa última noite em Jerusalem, pois no dia seguinte ou seguiríamos o roteiro que apróxima parada seria Eilat. Mas já que estávamos perto, alguns queriam conhecer Belem. Mas será que poderíamos ir até lá?
Este é um novo capítulo.
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