sexta-feira, 1 de agosto de 2008

16-01-2008 - Jerusalém - Cardo Romano e Mercado Árabe

O passeio da parte da manhã terminou. Já visitamos o tão famoso e ansiado Muro das Lamentações, agora será a hora do almoço, lembra que hoje levantamos bem cedo. Subimos a escadaria em direção ao Mercado Árabe, mas antes passamos pelo Cardo.
Escadaria perto das colunas do Cardo

Como era já hora do almoço, ali no local chamado Cardo, vários soldados (masculino e feminino) estavam sentados no chão, almoçando no seu tradicional pratinho descartável. Enquanto estávamos visitando o Muro, eles estavam lá também, elevando a Deus suas preces. Já que passamos pelo Cardo vamos falar um pouco do que é o local, mas não pudemos conhecer as lojas, pois a maioria estava fechada para almoço.
Mapa de Madaba

O Cardo era uma rua colunada que atravessava a cidade de norte a sul, a partir da atual Porta de Damasco até a Porta de Sião. Os remanescentes desta primorosa rua colunada foram encontrados no centro do Quarteirão Judaico, exatamente como o mapa de Madaba (mosaico acima) indica. Foi exposta uma seção de 200 m de comprimento, situada 4 m abaixo do nível da rua atual. Sua parte setentrional se apoiava sobre um aterro de vários metros, enquanto que a extremidade meridional situava-se sobre rocha nivelada, o que criava uma escarpa rochosa de 6 m de altura no lado ocidental.

O Cardo tinha 22,5 m de largura, sendo dividido por duas fileiras de colunas, criando uma rua larga, flanqueada nos dois lados por uma passagem de pedestres coberta de 5 m de largura. Uma estrutura de vigas de madeira sustentava o telhado, provavelmente de telhas de cerâmica. Contígua à rua, pelo lado oriental, havia uma arcada cujos grandes arcos eram sustentados por pilastras de pedra lavrada. Ao longo de sua parte sudoeste, havia lojas, e outras se localizavam por trás da arcada.


As colunas monolíticas, de calcário rijo, foram encontradas em fragmentos, incorporadas a estruturas posteriores. As bases são em perfil ático, ao passo que os capitéis são entalhados em estilo coríntio. As colunas, de cinco metros de altura, foram reconstituídas em suas posições originais na Cardo.

As pedras de pavimentação, cuidadosamente desbastadas e arrumadas em fileiras paralelas, estão lisas e rachadas pelo tempo. A parte meridional do Cardo, exposta no Quarteirão Judaico, foi construída durante o reinado do imperador Justiniano (527-565), como continuação da parte setentrional mais antiga, romana, ligando desta forma as duas principais igrejas da Jerusalém bizantina - a Basílica do Santo Sepulcro e a Igreja Néa.

Hoje, como há 1.500 anos atrás, pode-se caminhar ao longo da parte reconstruída do Cardo. No século XII, os cruzados construíram um bazar coberto sobre uma seção do Cardo; desta seção, os escombros dos séculos foram removidos, e lojas modernas oferecem seus artigos aos compradores. Os remanescentes da Igreja Néa e do Cardo foram escavados por N. Avigad, em nome da Universidade Hebraica de Jerusalém.

Finalmente o Mercado Árabe!!!

Lembra, nós também estávamos saindo para o almoço. Uma vez que saimos hoje bem cedo, a fome já estava batendo... Foi nos dado apenas 1 hora e meia para almoçar e conhecer o Mercado Árabe. Sem guia e sem orientação. Livre, livre!

Isso é muita malvadeza, pois 1 hora se gasta em negociação na "brimeira lujinha do brimo". Bem... eu não comprei nada, porque é uma loucura!! Só uns chaveirinhos... Mas hoje pensando naqueles momentos bate a saudade, mas na hora bate medo.

Só se via gente da excursão fazendo negociação... e a desconfiança... será que o material era bom? E o preço é válido? Qual é a cotação do dólar do dia? Ah... divide por dois? Não! por quatro? Como são rápidos em cálculos! E a lábia... falam espanhol, inglês, português, italiano... Tudo que vier pra vender... Sempre tinha alguem que já tinha estado no Brasil... Ronaldinho!! Brasilllll! Cacá... Ah.. e as nossas jaquetas, todos queriam comprar, mas ninguem queria pagar o que pagamos... Até argentino queria comprar nossas jaqueta... Lá bem os brasilenhos....

Caixa eletrônico só pra eles mesmo. Só entedi o VISA, o resto estava em árabe e hebraico, nadinha de inglês, que nem nas placas de ruas... E pra comer? Banheiro? Onde? Credo!!! Almoço: barra de chocolate - pringles - sorvete tipo Corneto e água - tirando a água, tudo era saudável. Cadê a famosa falafel? Não dava mais tempo. Todos deveriam se encontrar numa famosa praça que tinha um monumento, alguns bares e restaurante e que qualquer rua daria no Portão de Jaffa, pois dali iríamos visitar a Igreja do Santo Sepulcro.

Nesta altura das coisas, estava mais perdida do que nunca. Muita coisa nova pra ver e processar ao mesmo tempo. Muitos conceitos a serem entendidos e aceitos rapidamente. Negociações com dolar, shekel e euro. Imagina que você chega na Loja de Chapéus, uma música soa de alguma mesquita, e o dono da Lojinha, põe apenas um pau, parecido com aquele de vassoura na porta com as mercadorias expostas, pede desculpas e licença e vai lá nos fundos da loja fazer sua prece (acho que era das 3 horas)
A seguir, uma série de fotos do mercado árabe

(clique nelas para ampliá-las)
e

O local de encontro era próximo deste portal









Fonte: Jerusalém - A Igreja Néa e o Cardo da págian do MFA

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