
Chegamos já nas horas sagradas do Shabat, mas mesmo à noite, a cidade tinha um certo movimento agitado. Saímos da cidade de Lod, onde está o Aeroporto e fomos até Tel Aviv, praticamente uma só cidade. Neste passeio noturno vimos uma cidade moderna, com lindos prédios, hotéis iluminados e charmosos, mesquitas e grandes avenidas bem movimentadas. Lamento não ter aprendido lidar com minha máquina para fotografar tudo que vi!
Um grupo (metade) já havia chegado durante o dia em Tel Aviv e estava hospedado no Hotel Deborah, e nosso grupo iria para o Grand Beach Hotel, porem fizeram algumas alterações e parte de nosso grupo foi para o Deborah, portanto eu me juntei ao grupo que já estava lá.
Apenas colocamos nossas malas no quarto e já descemos para o jantar, e nos juntamos aos poucos que ainda estavam no restaurante embora já tivessem jantado.
Como marinheira de primeira viagem, acabei ficando no hotel, com medo de sair à noite numa cidade desconhecida... marquei bobeira porque lá era bem seguro...
Na manhã de sábado, após o desjejum, nosso roteiro era conhecer Jaffa, outra cidade anexada a Tel Aviv (praticamente unidas), conhecer uma Igreja Adventista e de lá pegar estrada na direção norte rumo a Haifa.
Veja agora um pouco do que vi durante o passeio noturno e durante o dia no passeio entre Hotel Deborah , Jaffa, Igreja Adventista e saida para a auto estrada, assim como conheça um pouco da história destas lindas cidades.

Uma cidade judaica modelo
No monumento situado no início do Boulevard Rothschild, estão inscritos 66 nomes - a quatro destes, entre os quais, Meir Dizengoff, primeiro prefeito de Tel Aviv, deve-se atribuir o mérito da idéia de fundar um subúrbio judaico ao lado de Jaffa. Mas foi o p
ouco conhecido Akiva Aryeh Weiss, fervoroso sionista da Polônia, quem, ao visitar Eretz Israel, em 1905 (quando soube da morte de Theodor Herzl), teve a visão do que viria a ser Tel Aviv. "A única forma de continuar o trabalho de Theodor Herzl será criando uma cidade judaica modelo na Terra de Israel," escreveu Weiss.

Dois anos depois, ele imigrava, com a família, para Eretz Israel, então sob domínio otomano, e propunha a fundação de um subúrbio residencial judaico fora dos portões de Jaffa, que representaria o núcleo da futura cidade judaica. Nesta se estabeleceria um primeiro contingente de 60 famílias. Para eventuais compradores, o subúrbio era descrito como "bem planejado, com ruas amplas e bonitas, rede de água e de esgotos; um lugar modelo, protótipo dos futuros núcleos urbanos na Terra de Israel".
Monumento na Boulevard Rothschild


Em 1914, às vésperas da Primeira Guerra Mundial, a área de Tel Aviv crescera dez vezes e sua população ultrapassava duas mil pessoas, mas a guerra trouxe em seu rastro fome e miséria. Após a queda do Império Otomano, a Grã-Bretanha recebeu o mandato de governar a então Palestina. Durante os anos de governo britânico, Tel Aviv conheceu uma fase de crescimento extraordinário, sem paralelos, chegando a alcançar, em 1931, uma população de 75 mil habitantes e cinco mil casas construídas. A população de Tel Aviv cresceu muito nestes últimos 72 anos. No último censo, de 1996, havia 360 mil habitantes na cidade e as previsões do governo para 2010 estimam que a população de Tel Aviv supere a marca dos 470 mil habitantes.
Primeiras construções

Primeiro surgiram construções tipo "cidade jardim": casas de pedra, para uma só família, circundadas por árvores frutíferas e por um muro baixo. Era utilizada uma pedra local, o kulcar, de origem calcária, derivada da fossilização das dunas de areia.
Em 1921, em conseqüência dos motins antijudaicos entre os árabes, as autoridades britânicas separaram Tel Aviv da árabe Jaffa. Os judeus de Jaffa abandonaram, em massa, a cidade e se mudaram para Tel Aviv. Quatro anos depois, em conseqüência das restrições econômicas impostas aos judeus da Polônia, do crescente anti-semitismo e do fechamento da imigração para os Estados Unidos, chegou à Palestina um novo contingente de famílias de judeus poloneses, de classe média, que se instalou em Tel Aviv.
O ano de 1925 é lembrado como o do boom demográfico da cidade, cuja população dobrou em dois anos, chegando a 40 mil habitantes.
A partir de então, o subúrbio residencial ajardinado passou a ser um centro comercial moderno e o estilo da construção foi, novamente, mudado. Inicialmente era acoplado um andar suplementar às construções existentes, mas logo começaram a aparecer novos edifícios, de dois ou três andares. O estilo dessas construções é "oriental-moderno", que alguns definem como eclético ou fantasioso, porque é resultado da combinação das idéias modernas dos arquitetos de Tel Aviv, que, em sua maioria, fizeram seus estudos na Europa Oriental, com elementos e estilos orientais e locais refletindo o retorno à Pátria. Assim, às linhas retas e decorações sóbrias dos estilos Art Noveau e Art Deco são acoplados elementos locais orientais, como cúpulas, arcos e pórticos com colunas. Janelas, portas e corrimãos eram trabalhados e foram introduzidos adornos com temas judaicos nas fachadas dos edifícios.
A partir de então, o subúrbio residencial ajardinado passou a ser um centro comercial moderno e o estilo da construção foi, novamente, mudado. Inicialmente era acoplado um andar suplementar às construções existentes, mas logo começaram a aparecer novos edifícios, de dois ou três andares. O estilo dessas construções é "oriental-moderno", que alguns definem como eclético ou fantasioso, porque é resultado da combinação das idéias modernas dos arquitetos de Tel Aviv, que, em sua maioria, fizeram seus estudos na Europa Oriental, com elementos e estilos orientais e locais refletindo o retorno à Pátria. Assim, às linhas retas e decorações sóbrias dos estilos Art Noveau e Art Deco são acoplados elementos locais orientais, como cúpulas, arcos e pórticos com colunas. Janelas, portas e corrimãos eram trabalhados e foram introduzidos adornos com temas judaicos nas fachadas dos edifícios.
Em 1929, a crise econômica mundial atingiu a cidade
e muitos dos arquitetos voltaram para a Europa à procura de trabalho. Em 1931, por sugestão das autoridades britânicas, a prefeitura de Tel Aviv convidou o urbanista escocês Sir Patrick Geddes a projetar um Plano Diretor para a cidade. Como não havia jeito de organizar os bairros antigos, Geddes decidiu trabalhar seguindo o desenvolvimento da cidade para o norte, em direção ao rio Yarkon. Usou o Boulevard Rothschild como modelo e planejou a cidade em torno de uma série de extensas avenidas. Prolongou ao norte o Boulevard Rothschild até a área onde hoje se encontram o Teatro Habima e o Auditório Mann. Planejou longas avenidas seguindo para o norte até o rio Yarkon, paralelas ao Boulevard Rothschild, como a Rehov Yarkon, a Rehov Ben-Yehuda, a Rehov Dizengoff e a Rehov Ibn Gvirol, enquanto ruas menores arborizadas ligariam todas as avenidas com a praia, como por exemplo a Shderot Ben-Gurion.

Tel Aviv e o estilo "Bauhaus"


Nos anos 1950, logo após a criação do Estado de Israel, a arquitetura em estilo "Moderno internacional" foi-se esgotando, sendo substituída por construções grandes, de edifícios governamentais. Ao mesmo tempo eram realizados projetos públicos de moradia destinados aos milhares de novos imigrantes. Na década de 1960, Tel Aviv tinha atravessado em sua extensão o rio Yarkon e novos blocos residenciais surgiam ao norte. O centro histórico da cidade estava abandonado e decadente.
Recuperando a antiga beleza

No início da década de 1990 a Prefeitura designou uma equipe destinada aos trabalhos de preservação e, em 1994, Tel Aviv sediou, em cooperação com a Unesco, uma grande conferência sobre o estilo "Moderno internacional" e seus exemplos na cidade. A Unesco convidou a Prefeitura de Tel Aviv a apresentar uma proposta para a inclusão da "Cidade Branca" na lista dos locais considerados por este organismo internacional como "patrimônio da humanidade". Em julho de 2003, a Unesco concedeu esse reconhecimento a Tel Aviv.
A equipe de preservação fez, à época, o inventário dos edifícios no coração de Tel Aviv e concluiu que, entre 1931 e 1956, foram erguidas quatro mil edificações em estilo "Bauhaus" ou "Modernista". Estes, em sua maioria, ainda estão de pé e são o esqueleto do centro histórico da cidade. Pelo menos, 1.500 necessitam ser restaurados. Este trabalho tem procedido regularmente e os edifícios restaurados não são mais usados como residência, mas como escritórios de advocacia, sede de bancos ou de seguradoras, embora ainda se encontrem algumas casas residenciais nas ruas Montefiore, Ahad Ha'Am e no Boulevard Rothschild. O visitante que queira conhecer os bairros antigos de Tel Aviv poderá desfrutar de sua arquitetura e atmosfera.

À medida que as intrigantes casas da "Cidade Branca" começam a aparecer, a beleza de Tel Aviv, que parecia perdida na agitação moderna, volta às ruas antigas.
Opera Building - visto de frente e de costas

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