Chegamos em solo israelense em 11 de janeiro por volta das 17 horas e já era noite. Por ser inverno o sol se põe cedo. No Aeroporto Ben Gurion, o tempo foi o suficiente para pegar nossas malas (e aí as decepções: malas quebradas, "a minha", por exemplo e malas extraviadas), passar pelo serviço de imigração (carimbar passaporte) e rapidamente passar pelo saguão principal, onde tem aquela linda fonte e praça de alimentação. Mas tudo muito rápido que nem deu para parar e conhecer um pouco mais. Mas assim mesmo era muita emoção estar em Israel... era o sonho!
Agora, conheça um pouco da história deste Aeroporto, diga-se de passagem, muito lindo!!!
Agora, conheça um pouco da história deste Aeroporto, diga-se de passagem, muito lindo!!!
O novo aeroporto de Israel é um cartão de boas-vindas
A obra do novo aeroporto de Israel, Ben Gurion 2000, é considerada um dos maiores feitos arquitetônicos da história do país. Na verdade, a pista de aterrisagem é a mesma perto de Lod, a meio caminho entre Jerusalém e Tel Aviv. Mas todo o restante mudou: o antigo terminal fechou as portas e, em seu lugar, inaugurou-se outro, estalando de novo, chamado Terminal 3.
O novo terminal tem estilo. Foi construído com pedras de Jerusalém, o "pé-direito" é altíssimo e o sistema de ar condicionado, perfeito. Se antes ninguém via os aviões aterrisando ou decolando, agora a situação se inverteu: enormes janelas, espalhadas por todo o lugar, dão uma ampla visão da pista.
Há muitas lojas de produtos eletrônicos e souvenirs - o israelense é considerado um dos campeões mundiais de compras em duty free. Tem até um complexo de lojas normal, sem isenção de impostos, para o israelense que visita o terminal fazer compras e voltar para casa. Outra novidade são 1.300 metros de esteiras rolantes, que desobrigam o viajante de longas caminhadas dentro do aeroporto. Também acabaram os micro-ônibus que tranpotavam os passageiros até o avião. Agora, como em qualquer aeroporto moderno, existem fingers de embarque, ligando o controle dos tickets diretamente até os jatos.
Mais modernidade é dado pelos segways, o patinete futurista que virou mania nos EUA, e que circulam no terminal israelense e que, por enquanto, apenas os funcionários têm permissão para usá-los. Para garantir o sucesso da inauguração, alguns dias antes da abertura foram contratados dez mil figurantes, que atuaram como passageiros fictícios e serviram de teste para as autoridades verificarem se o sistema funcionava bem.
O projeto do terminal é assinado por um escritório de arquitetura norte-americano e dois arquitetos de Israel. Um deles é Moshé Safdié, primo do banqueiro brasileiro Edmond Safdié, conhecido por suas grandes obras no Canadá e EUA (onde reside) e por alguns dos mais belos edifícios de Jerusalém. Safdié conta que caprichou em alguns detalhes do novo terminal, para diferenciá-lo dos modernos aeroportos espalhados pelo mundo.
Um conjunto de 3 mosaicos de chão foram instalados acima na alta entrada quando se chega no hall de controle de passaporte
Este mosaico foi descoberto em uma estrutura bizantina - 5º Sec DC, em Belém da Galiléia. É composto de animais, pássaros, árvores, uvas e combinações geométricas
Este mosaico é de Bet-Sheam, datado do período bizantino do 5-6º século DC. É decorado com pássaros onde cada pássaro tem uma fita amarrada ao redor do pescoço. A inscrição grega fala de um texto bíblico: Bendito serás ao entrares, e bendito serás ao saíres, Deut. 28:6. Este texto é apropriado para dar as boas vindas aos visitantes da Terra Santa. Este mosaico é de Cesaréia Marítima. É do 6º século DC, está decorado com animais, formas geométricas, árvores e no centro uma mulher segurando uma cesta de frutas. Seu nome grego Kalokeria, é inscrito ao redor da figura e sugere prosperidade. Este é o espírito da cidade: frutífera, grande, abundante => UMA BOA CIDADE.Ele projetou uma fonte de quinze metros no saguão principal. Quando chover, a água da fonte será natural e depois direcionada para irrigar a plantação de frutas cítricas e algodão ao redor do aeroporto. Outro detalhe criado por Safdié é o caminho percorrido pelos viajantes que saem dos aviões. Ao contrário da maioria dos aeroportos internacionais, que costumam direcionar os recém-chegados para o subsolo, no Ben-Gurion 2000 as pessoas desembarcam no nível superior do terminal, para admirar a paisagem e ter uma boa primeira impressão do país. "Este aeroporto é a principal entrada para Israel. Por aqui chegam 90% dos turistas e também muitos imigrantes. Por isso dei um toque bastante emotivo ao projeto", diz Safdié. O novo terminal foi projetado há dez anos quando a turbulência na região era menor e havia perspectivas de paz. Naquela época mais otimista, havia a expectativa de milhões de turistas, principalmente para a virada do milênio, e daí o nome Ben Gurion 2000. Capacidade dobrada
O novo terminal tem capacidade para atender, com folga, o fluxo atual de passageiros - oito milhões de pessoas por ano. Se tudo melhorar e mais turistas vierem à Terra Santa, as autoridades ampliarão ainda mais o aeroporto, que poderá receber até dezesseis milhões de pessoas por ano. Hoje, o Ben Gurion 2000 já é considerado o aeroporto mais movimentado do Oriente Médio. O ministro dos Transportes, Meir Sheetrit, inaugurou a obra com festa e fanfarra, seguido de uma pequena multidão de jornalistas. Para ele, somente a retomada do processo de paz trará mais turistas. "A intifada afastou 75% dos visitantes estrangeiros. Não é o novo terminal que atrairá mais turistas. A única coisa que trará o turismo de volta é uma mudança na situação política. Mas já estamos sentindo uma recuperação e esperamos que este quadro se reverta em breve." Claro que o elemento "segurança" também foi cuidadosamente planejado no novo terminal. "Nosso método é misturar equipamentos de alta tecnologia, comprados no exterior, com a experiência do pessoal israelense.", disse Avi Ramon, diretor desegurança do aeroporto. Também contou que vários países europeus já se interessaram em conhecer o seu sistema. Mas para os viajantes, Rimon não tem muita novidade. "Eles terão de continuar chegando no aeroporto três horas antes do embarque para a inspeção", diz. Yosef Weinberg, israelense que hoje mora nos Estados Unidos, preparava-se para embarcar no vôo inaugural, rumo a Nova York. Para ele, que visita Israel pelo menos duas vezes por ano, é válido o investimento no novo aeroporto. "Algumas pessoas dizem que este não é o período certo para um projeto deste tamanho.
No entanto, se Israel fosse esperar pelo ideal, nada teria sido construído neste país", disse. Os recursos dos Bônus de Israel O novo aeroporto Ben Gurion, considerado "a nova porta de Israel para o mundo", foi construído com recursos dos Bônus de Israel, o fundo que garante a maior parte dos investimentos em infra-estrutura do país, desde que foi constituído em uma reunião em Nova York, em 1951, três anos depois da fundação do Estado exatamente por David Ben Gurion. Segundo os Amigos de Israel, este terminal 3 é considerado o maior projeto de infra-estrutura nacional de Israel com 270 mil metros quadrados e representa um investimento final de US$ 1 bilhão dos quais já foram gastos cerca de US$ 700 milhões. Os recursos captados em todo o mundo pelo Bônus de Israel são aplicados em obras de infra-estrutura vitais para o desenvolvimento e o crescimento de Israel. Uma delas, por exemplo, além do aeroporto Ben Gurion, é a super-estrada de Israel, conhecida como Trans Israel, com pedágio eletrônico, da qual já foi construído um quarto o que corresponde a pouco menos de cem quilômetros e que, no entanto, provocou mudanças significativas na vida dos israelenses e na sua economia.
Trem no Aeroporto
Outra novidade do aeroporto de Israel é que agora os passageiros também poderão usar trens para chegar ou sair do terminal. O governo acaba de inaugurar a nova estação ferroviária Aeroporto Ben Gurion, integrando o terminal aéreo com o sistema de trens nacional o que é ótimo, porque os trens israelenses são muito confortáveis e eficientes. E como os guardas revistam passageiros na entrada de todas as estações é o transporte público mais seguro do país. Quem embarca no trem no aeroporto, pode chegar até cidades como Beer Sheva, Ashdod, Tel Aviv, Petach Tikva, Haifa, Herzlia, Naharia, além de localidades menores.
Ainda não existe conexão com Jerusalém, prometida para os próximos anos. Em dias úteis, os trens começam a operar no aeroporto às quatro da manhã e funcionam até quase meia-noite. O serviço pára no shabat e é retomado no sábado à noite.
Fonte:
Matéria Extraída da Revista "A HEBRAICA"
Fotos: Wikipedia, Picasa, BibleWalks
Nenhum comentário:
Postar um comentário